24/04/10
17/03/10
O Novo Regime
Numa das antigas salas de interrogatório – onde hoje estão expostas algumas fotografias da evacuação de Phnom Penh a seguir aos Khmers Vermelhos terem tomado o poder no Cambodja – encontrámos um poema de Sarith Pou, um dos poucos intelectuais a ter escapado à carnificina dos anos setenta.
THE NEW REGIME
No religious rituals.
No religious symbols.
No fortune tellers.
No tradicional healers.
No paying respect to elders.
No social status. No titles.
No education. No training.
No school. No learning.
No books. No library.
No science. No technology.
No pens. No paper.
No currency. No bartering.
No buying. No selling.
No begging. No giving.
No purses. No wallets.
No human rights. No liberty.
No courts. No judges.
No laws. No attorneys.
No communications.
No public transportation.
No private transportation.
No travelling. No mailing.
No inviting. No visiting.
No faxes. No telephones.
No social gatherings.
No chitchatting.
No jokes. No laughter.
No music. No dancing.
No romance. No flirting.
No fornication. No dating.
No wet dreaming.
No masturbating.
No naked sleepers.
No bathers.
No nakedness in showers.
No love songs. No love letters.
No affection.
No marrying. No divorcing.
No martial conflicts. No fighting.
No profanity. No cursing.
No shoes. No sandals.
No toothbrushes. No razors.
No combs. No mirrors.
No lotion. No make up.
No long hair. No braids.
No jewelry.
No soap. No detergent. No shampoo.
No knitting. No embroidering.
No colored clothes, except black.
No styles, except pajamas.
No wine. No palm sap hooch.
No lighters. No cigarettes.
No morning coffee. No afternoon tea.
No snacks. No desserts.
No breakfast (sometimes no dinner).
No mercy. No forgiveness.
No regret. No remorse.
No second chances. No excuses.
No complaints. No grievances.
No help. No favors.
No eyeglasses. No dental treatment.
No vaccines. No medicines.
No hospitals. No doctors.
No disabilities. No social diseases.
No tuberculosis. No leprosy.
No kites. No marbles. No rubber bands.
No cookies. No popsicle. No candy.
No playing. No toys.
No lullabies.
No rest. No vacations.
No holidays. No weekends.
No games. No sports.
No staying up late.
No newspapers.
No radio. No TV.
No drawing. No painting.
No pets. No pictures.
No electricity. No lamp oil.
No clocks. No watches.
No hope. No life.
A third of the people didn’t survive.
The regime died.
15/03/10
S -21
Em
A visita a este museu, que serve de testemunha aos crimes cometidos durante o regime dos Khmers Vermelhos, é um dos momentos mais emocionantes da nossa viagem à Indochina. Tal como os Nazis, os Khmer Vermelhos eram meticulosos no registo das atrocidades que cometiam. Cada prisioneiro era fotografado – às vezes antes e depois de ser torturado – e o Museu tem em exposição uma colecção impressionante destas fotos.
22/02/10
Acção Social Na Nicarágua – “Esta mesa é eterna!”
O Director da escola dá umas pancadinhas no betão acabado de secar, e sem saber dava-me outra nas costas.
A mesa é de facto eterna. Feita em betão sólido têm ainda a particularidade de metade do enchimento ser feito com garrafas de plástico que ainda são cheias com plásticos por dentro (sacos, pacotes etc...). Um mealheiro ecológico todo recolhido pelos alunos.
É eterna então por fora, consciente por dentro e, para nós, coberta com os sorrisos dos cerca de cento e cinquenta alunos que nos receberam, para nossa surpresa pois estávamos em período de férias. Fomos comprar umas caixas de chupa-chupas para juntar a algum material escolar trazido de Portugal e montámos uma “festa da rifa”.
O chupas fizeram as delícias dos alunos, mas soube-nos a pouco. É que tudo faz falta nesta escola. Nem uma bola de futebol têm. Computador nem pensar. Sabemos apenas porque perguntámos. Os nicaraguenses não são dados ao queixume. Mas agradecem com todo o coração.
A etapa que se segue será trazer algum colorido à obra. Iremos então com o próximo grupo pintar a mesa e bancos à volta, e ao mesmo tempo lançar as bases para uma segunda mesa. E claro, não irão faltar, pelo menos, umas bolas de futebol!
17/02/10
Sawatdee Pee Mai!
Ou, por outras palavras: Feliz Ano Novo!
Na próxima edição da viagem à Indochina, que tem início no dia 2 de Abril em Hanói, vamos passar em Bangkok no auge das festividades. Ou seja: tragam as vossas bisnagas, ou comprem uma na Tailândia… porque vamos celebrar o Novo Ano com os locais.